quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fóssil de crocodilo revela migrações com 65 milhões anos

29/06/11
Arenysuchus gascabadiolorum teria o mesmo aspecto e hábitos dos crocodilos actuais

Descoberto em 2008, nos Pirenéus, o segundo fóssil de crocodilo mais antigo do mundo (e primeiro da Europa), foi já estudado e está publicado no mais recente número da PloS ONE. Quando o planeta era dominado pelos dinossauros, as pequenas ilhas que eram na altura os Pirenéus estavam habitadas por crocodilos diferentes, mas não muito, dos que existem hoje em dia.

Batizado como Arenysuchus gascabadiolorum, este animal com 65 milhões de anos foi recuperado e estudado por investigadores do grupo Aragosaurus - IUCA da Universidade de Saragoça (Espanha). As parecenças deste fóssil com outros da mesma época achados na América revelam que estas ilhas não estavam tão isoladas como se pensava.

Segundo o estudo, o fóssil corresponde a um crocodilo pequeno, com comprimento que oscila entre 1 e 1,5 metros. O seu aspecto e modo de vida não deviam variar muito dos crocodilos atuais.

O crânio do Arenysuchus gascabadiolorum foi descoberto em Arén, na província de Huesca, pelos paleontólogos José Manuel Gasca e Ainara Badiola, do Aragosaurus-IUCA, centro coordenado por José Ignacio Canudo.

Antes deste estudo os cientistas acreditavam que naquele momento da Terra, a Europa seria um conjunto de ilhas isoladas e intransponíveis. Como este exemplar é muito semelhante a outros crocodilos encontrados no continente americano, pensa-se agora que o isolamento não seria tão grande, havendo mesmo intercâmbio e migrações entre espécies.

Artigo: A New Crocodylian from the Late Maastrichtian of Spain: Implications for the Initial Radiation of Crocodyloids


Origem: Biologias
Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49815&op=all
Autor(a)/Créditos: Ciência Hoje 


comentário: Essa descoberta pode levar em conta a evoluçao de algumas espécies e ver que os crocodilos existiam já a muito tempo e sobreviventes da época dos dinossauros. Outra descoberta importante é que a Europa e a América eram talvez proximas porque esse fossil é muito semelhante a outro que foi descoberto e que viviam praticamente quase na mesma epoca.

Descoberta espécie de dinossauro mais pequena que se conhece

22/06/11
Fóssil foi encontrado na Inglaterra

Uma nova espécie de dinossauro descoberta por dois paleontólogos da Universidade de Portsmouth pode ser a mais pequena do mundo, revela um estudo publicado na revista “Cretaceous Research”.

O animal, cujo fóssil foi encontrado em Sussex, na Inglaterra, deverá fazer parte da família dos maniraptores, que inclui aves carnívoras, e teria vivido no Mesozoico, há 250 milhões de anos. O corpo deste pequeno dinossauro é semelhante ao de uma ave e mede entre 33 a 40 centímetros de comprimento.

Segundo o paleontólogo Steve Sweetman, da Universidade Britânica, esta foi uma descoberta “excitante” uma vez que se trata do “mais pequeno dinossauro descoberto até agora no registo europeu de fósseis”.

Os investigadores batizaram-no de maniraptora de Ashdown, devido às semelhanças que apresenta em relação aos maniraptores. Através da análise de uma vértebra do pescoço, os especialistas conseguiram verificar que o espécime já estava na fase adulta e que fazia parte da larga família de terópodes, que incluía todos os dinossauros bípedes e carnívoros.

O local onde foi descoberto este espécime é particularmente rico em fósseis, tendo já sido aqui encontrados restos fossilizados de salamandras, sapos, lagartos, tartarugas, crocodilos e grandes dinossauros.


Origem: Biologias
Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49717&op=all
Autor(a)/Créditos: Ciência HOje 


comentário: Isso é uma grande curiosidade. Depois de tantos anos e de várias descobertas de espécies de dinossauros, acabam descobrindo outra e ainda por cima menor do que todas as outras.

Investigador português identifica proteínas que podem combater o HIV

13/06/11
André Raposo desenvolveu importante estudo na Universidade de Oxford

Uma importante descoberta do investigador português André Raposo, durante o seu pós-doutoramento na Universidade de Oxford, pode abrir portas ao desenvolvimento de novos tratamentos contra o HIV.

Em conversa com o "Ciência Hoje", o investigador explica que foram identificadas "potenciais proteínas antivirais que poderão vir a ser incluídas no desenvolvimento de vacinas/antiretrovirais contra o HIV".
O estudo, a ser publicado na edição de Julho do "Journal of Immunology", debruça-se sobre a capacidade imuno-reguladora que os linfócitos T4 (glóbulos brancos) têm em suprimir infecção por HIV em macrófagos. André Raposo explica: "Acreditamos que os macrófagos são as primeiras células do sistema imunitário a serem infectadas pelo vírus. No entanto, este não induz a morte destas células, residindo dentro delas durante largos períodos de tempo".

E é durante esse tempo que os macrófagos transmitem o vírus a outras células, nomeadamente aos linfócitos T, que acabam por não resistir ao vírus e morrem, levando à AIDS. Nas experiências em laboratório, André Raposo descobriu que os linfócitos T, antes de serem infectados pelo HIV, "segregam proteínas de grande massa molecular para o meio extracelular, que uma vez em captadas pelos macrófagos induzem a diminuição dos níveis de receptores CD4 (nos macrófagos), essenciais para o vírus entrar nas células". Sem estas moléculas "não se estabelece infecção".

Usando novas técnicas de isolamento e enriquecimento de proteínas a equipe de investigadores, em colaboração com o Centro de Espectrometria de Massa da Universidade de Oxford, conseguiu identificar as proteínas segregadas pelos linfócitos T que induzem a diminuição dos níveis de moléculas CD4 nos macrófagos.

"As proteínas identificadas não só induzem essa diminuição mas também alteram o fenótipo destas células tornando-as menos susceptíveis de serem infectadas". O trabalho descreve também os mecanismos moleculares que levam a diminuição dos níveis de CD4, e estes envolvem a atividade da proteína quinase C e do factor de transcrição NF-kB, para além das organelas especializadas na degradação de proteínas chamados os proteasomes.

Embora possa abrir portas para o desenvolvimento de novos tratamentos, "uma cura efetiva para a infecção por HIV ainda está longe de ser encontrada", diz o investigador. Contudo, "são estes pequenos passos que fazem grandes descobertas e as contribuições da ciência básica em laboratórios são essenciais para o desenvolvimento de vacinas efetivas contra o HIV".

Artigo: "Protein Kinase C and NF-KB-dependent CD4 downregulation in macrophages induced by T cell-derived soluble factors: consequences for HIV-1 infection"
( http://www.jimmunol.org/content/future/187/2 )

Aatualmente trabalha como Postdoctoral Scholar na Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), na Divisão de Medicina Experimental no Hospital General de São Francisco, o investigador português começou o seu percurso em Coimbra. Licenciou-se em Bioquímica na Universidade de Coimbra.

Como parte da licenciatura, no estágio científico, desenvolveu um projeto de investigação em virologia em Montpellier (França) no Instituto de Genética Molecular. Fez, depois, parte do programa doutoral do GABBA no Porto (2005) e escolheu o laboratório de imunologia retroviral do HIV na Universidade de Oxford (Reino Unido) para desenvolver o projeto de doutorado, do qual saiu este estudo. No fim do doutorado, escolheu, São Francisco (laboratório do Professor Doutor Douglas Nixon) para para desenvolver um projeto como postdoc.

"Esta cidade é um excelente local para se viver; há bastante sol (ao contrário de Inglaterra) e a investigação na área do HIV é das melhores a nível internacional". O cientista pretende continuar por São Francisco uns quatro ou cinco anos.


Origem: Biologias
Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49551&op=all
Autor(a)/Créditos: Ciência Hoje, Luísa Marinho 


comentário: Esse é um dos maiores avanço na medicina e está cada vez mais perto de descobrir uma cura para uma das maiores doenças existentes que é o HIV e com isso pode dar origem ate a outras doenças.

13 por cento das aves estão em perigo de extinção

10/06/11
Lista Vermelha foi atualizada e publicada pela União Internacional de Conservação da Natureza

De acordo com a Lista Vermelha de 2011, da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN), divulgada esta semana, encontra-se em perigo de extinção o maior número de espécies de aves de sempre.

Este ano o número subiu para 1253, representando 13 por cento do total das espécies de todo o mundo. Há no entanto algumas as espécies que viram o seu estatuto melhorado, entre elas consta o pombo-trocaz, da ilha da Madeira.

A Abetarda-da-índia (Ardeotis nigriceps) subiu na lista para "Criticamente em Perigo", o maior nível de ameaça. A caça, a perturbação e a perda de habitat e a sua fragmentação são as razões que contribuíram para reduzir a população desta espécie para 250 indivíduos. Com um metro de altura, pesando quase 15 quilogramas, esta ave já teve uma larga dispersão na Índia e no Paquistão, mas agora está restrita a fragmentos pequenos e isolados do restante do habitat.

Stuart Butchart, o Coordenador Global de Pesquisa da BirdLife International afirma que “as aves são uma janela para o resto da natureza. São indicadores muito úteis da saúde do ecossistema: se estão mal, então o mesmo acontece à fauna em geral”.

“Num mundo cada vez mais lotado, as espécies que precisam de muito espaço, como a abetarda-da-índia, estão a desaparecer. No entanto, o ser humano é o que sai mais a perder a longo prazo, com a perda dos serviços que a natureza lhe proporciona”, considera Leon Bennum director da Ciência e da Política da BirdLife International.
Caso português

Para o pombo-trocaz (Columba trocaz) as notícias não são tão más, já que não se encontra num nível de perigo tão elevado e foi promovido do estatuto de "Quase Ameaçado" para a categoria de "Pouco Preocupante", na sequência das medidas de conservação e da protecção que a espécie tem no Parque Natural da Madeira.

Luís Costa, diretor executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) salienta que “este resultado é um prémio para a continuação do trabalho de conservação, e não um sinal que o trabalho terminou. A floresta de laurissilva é um sistema frágil que deve ser valorizado e alvo de medidas de conservação para que possamos manter o objectivo da salvaguarda do nosso património e biodiversidade.”

Em São Tomé e Príncipe, algumas das aves que surgem na Lista Vermelha, apresentam, segundo alguns investigadores portugueses, um risco de extinção mais acentuado do que aquele que aparece mencionado nesta publicação. O pombo-de-são-tomé, por exemplo, aparece como uma espécie “Quase Ameaçado”. Segundo Mariana Carvalho, que está a realizar um estudo de doutoramento sobre a caça em São Tomé, este devia ser reclassificado como "Em perigo", uma vez que há claros indícios do declínio da população.


Origem: Biologias
Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49545&op=all
Autor(a)/Créditos: Ciência Hoje 


comentário: Com essa enorme porcentagem de extinçao das aves pode gerar um grande problema na cadeia alimentar. Muito dessas mortes desses animais acontecem pela caça ilegal e deve ser tomada algumas decisões para impedir isso para que nao aconteça algo ainda pior.

Peças escondidas no “lixo” genético

30/05/11
Descoberto sistema de barreiras no DNA que regula genes associados a doenças

O esforço conjunto internacional de várias equipas de investigação, liderado por cientistas do Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento (CABD) em Sevilha, levou à descoberta de sinais no DNA que regulam a expressão de diversos genes ligados a doenças humanas graves. O trabalho, que contou com a participação de Paulo Pereira, investigador do IBMC, será publicado no próximo número da revista Nature Structural & Molecular Biology.

No estudo são identificadas pequenas sequências de DNA, comuns aos genomas de muitas espécies, como ratos, galinhas e humanos, e que funcionam como barreiras entre genes vizinhos. Estes sinais de DNA, ou barreiras, têm uma função muito importante porque permitem que genes vizinhos no genoma mantenham a sua individualidade e que sejam regulados de formas distintas.
Este mecanismo poderá explicar, como exemplo, que proteínas com função enzimática sejam apenas produzidas no tecido ou órgão onde são necessárias. Assim, estes sinais de DNA isolam e protegem os genes de interferências provocadas por genes fisicamente próximos no genoma.

A sua identificação neste estudo poderá contribuir para uma melhoria no diagnóstico genético de doenças, porque permite a identificação dos genes afectados por mutações de risco, quando estas mutações não afectam a identidade da proteína produzida pelo gene, mas sim onde e quando essa proteína é produzida no organismo.

Para Fernando Casares (CABD), antigo investigador do IBMC e coordenador deste estudo, juntamente com José Luis Gómez Skarmeta (CABD), “é como se a nossa leitura actual do genoma fosse um poema do qual desconhecemos a métrica e os sinais de pontuação”.

Para o autor, as regiões descritas no artigo “são sinais de pontuação, constantes entre os vários tipos de células e entre organismos diferentes”. Segundo Paulo Pereira, “esta é uma contribuição importante para se compreender a organização dos genes, e obter mais benefícios da informação gerada pela sequenciação do genoma e identificação de mutações de risco”.

De acordo com o artigo, várias doenças genéticas de explicação complexa poderão ter origem em alterações nestes segmentos de DNA que, no fundo, controlam a expressão de genes próximos. Isto traduz, de forma clara, a ideia que muitas doenças de foro genético poderão não estar directamente relacionadas com alterações da identidade da proteína produzida pelo gene afectado, mas sim por alterações no local e na intensidade de produção da proteína. De facto, os autores verificaram, por exemplo, que existem sequências destas a ladear genes que quando não funcionais conduzem à esclerose múltipla, uma doença neurodegenerativa grave.

A descoberta agora publicada deverá ter enorme impacto na investigação que desenvolve em várias doenças genéticas e levar ao repensar de potenciais terapias e diagnósticos, ao demonstrar que mínimas alterações em sequências flanqueadoras poderão ser a razão da doença e não a alteração dos genes em si.


Origem: Biologias
Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49300&op=all
Autor(a)/Créditos: Ciência Hoje 


comentário: Essa descoberta é muito importante para diagnosticar algum problema genético e talvez até previnir e curar alguma doença. É um grande avanço na medicina.

Mata Atlântica perdeu uma área de 30 mil campos de futebol de floresta em dois anos

27/05/11
Brasília - A Mata Atlântica perdeu 311 quilômetros quadrados de floresta em dois anos, uma área maior que 30 mil campos de futebol. Os números são do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado hoje (26) pelo organização não governamental (ONG) Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O atlas avaliou a situação de remanescentes da vegetação original em 16 estados que fazem parte do bioma: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Só o Piauí ficou de fora, por causa da indefinição das formações florestais naturais no estado.

Entre 2008 e 2010, a maior parte do desmatamento na Mata Atlântica ocorreu em Minas Gerais. No estado, foram derrubados 124 quilômetros quadrados de vegetação nativa. Bahia e Santa Catarina aparecem em seguida, com 77 quilômetros quadrados e 37 quilômetros quadrados a menos de florestas no período.

Os dados do Inpe e da SOS Mata Atlântica mostram que em todos os estados houve queda no ritmo do desmate nos últimos anos. Na comparação com o período avaliado pelo levantamento anterior, de 2005 a 2008, houve queda de 55% no ritmo da derrubada. No entanto, de acordo com a diretora de gestão do conhecimento da ONG, Márcia Hirota, é preciso manter os esforços para conservação do bioma, que atualmente só tem 7,9% da área que ocupava originalmente.

“Quase acabamos com a Mata Atlântica, o que ainda existe precisa ser preservado a qualquer custo. É preciso ficar alerta, porque, apesar da queda, as ameaças ainda são grandes. Ainda observamos desmates para reflorestamento [com espécies não nativas], para pastagens e para transformação em carvão”, disse.

O atlas também aponta os municípios que mais desmataram a Mata Atlântica no biênio 2008-2010. Quatro dos cinco primeiros municípios do ranking são mineiros: Ponto dos Volantes e Jequitinhonha, na região do Vale do Jequitinhonha, e Pedra Azul e Águas Vermelhas, no norte do estado. Andaraí, na Bahia, completa o rol dos campeões de desmate.

“Nessa região, a mata foi derrubada para exploração de carvão, e agora as árvores estão sendo substituídas por eucaliptos”, denuncia Márcia Hirota.


Origem: Biologias
Fonte/Referências: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-26/mata-atlantica-perdeu-uma-area-de-30-mil-campos-de-futebol-de-floresta-em-dois-anos
Autor(a)/Créditos: Luana Lourenço Repórter da Agência Brasil 


comentário: O desmatamento na mata Atlântica foi muito grande. As pessoas deveriam se conscientizar de que o número de árvores derrubadas é enorme e poderia diminuir bastante esse número que quase causou com a mata inteira e quando desmatar tem que sempre reflorestar.